segunda-feira, agosto 25, 2008

Onde Piso e Moro

Não se engane! O mundo é esse povo que te conhece, e cada rosto não esquecido. Lembre-se, sempre e todo tempo, não são os continentes tua terra mãe, e nem a crosta terrestre sua casa maior, você mora nos globos oculares, nosso hemisfério é um dos lados do peito, onde se repousa a cabeça quando se tem um coração partilhado, não deixe de falar para si mesmo no espelho, lembre-se a todo tempo, a tua atmosfera é o ar no pulmão alheio, não deixe seus filhos sem saber, o humano não habita nenhum outro lugar senão em outro dele. Tudo o mais é ilusão, fique a saber que jardim é imitação de você com tuas memórias sobre os sorrisos por aí. Na ecologia dos espíritos o sol nasce no outro, e até o final do sonho vai dormir em você.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Mentiras de Amor

É tão simples dizer esperanças ao invés de fatos, é tão fácil vestir vontades para festas que não se darão, é permitido ensaiar o destino no pensamento, no sentimento e na audição.

Falo coisas que não existem, mas de alguma forma dentro do peito estão.

Não sou verdadeiro tão quanto imaginava, e minha sinceridade me tira o nome, rouba-se o senso e a aventura, de repente descubro sobre a existência apenas a idéia, idealizando tudo e todos, todos os sentidos são roubados de mim por meu coração apressado.

Interesso aos escravos, aos tempos que estão inclinados pra mim, e falo, falo como se fosse aventura não dizer, digo ao seus corações minhas pequenas mentiras de amor, vão ali elogios, lembranças realçadas, sonhos, muitos sonhos.

Não é justo jogar no seio de uma família as crianças inocentes, e todos os riscos que elas representam, assustando seus pais com preocupações em manter afastados dos acidentes seus filhos, assim é também as pequenas mentiras de amor na familia de vivências no coração dos outros, não é justo lançar essas sementes, mas elas são soltas e chegam lá, vão perigosas, cheias de intensidades querendo ser verdades, como um broto de futuro, uma vontade de santificar.

Estou sem folhas, sem galhos, sem flores, apenas semente de mim mesmo.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Entre os Sonos das Guerras

Como se desperta o ser civil dentro de nós?

Como se desperta o ser social em cada humano?

Vou-lhe apresentar os jornais?

Vou-lhe contar histórias sobre heróis?

Como se tira de dentro do nada uma estrela brilhante?

Como de um sonho vem o raiar do sol?

Nas tradições encontramos uma boa praça de guerra, nos corações aflitos e desesperados vejo nascer o conflito, onde mora a razão medicinal para curar antes de sofrer?

Em qual idéia? Em qual princípio? Em qual fim?

Onde está o discurso de fidelidade ao invés de traição?

Fidelidade é prometer a um povo a supressão do ser?

Quem estava lá? Diante de tudo a dizer que estamos em guerra?

Quem estava lá?