Meu Segundo Corpo
Eu sou continuamente combatido na maneira que escrevo e falo.
Já fui tantas vezes assim atingido que cheguei a posturar-me com grande respeito a toda e qualquer linguagem, pois sofro na pele o quanto podemos ser preteridos por falarmos assim ou assado.
É verdade que meu jeito é pedante muitas vezes, e também é verdade o quanto a sociedade moderna precisa de velocidade e compreensão, eu mesmo sinto falta dessas duas virtudes, e se eu não dou não é porque não quero dividir, mas sim porque não é minha natureza mais fácil.
Também não tenho como corrigir isso, depois de indivíduos formados fica muito difícil mudar, por outro lado nem quero, há muitas pessoas como eu, e com elas me comunico facilmente, e gosto do encontro que é quando isso acontece.
Há muitas contradições sobre ter um bom e desenvolvido vocabulário, eu mesmo já caí várias vezes na sensação de assustar aos outros e causar com isso uma distância, mas vou ser sincero em dizer que tenho uma impressão maior sobre a intimidade que causo, quando resulto cheio de palavras a uma só dita por um outro qualquer. Essa coisa de voltar mil palavras coerentes e alinhadas ao que foi dito causa uma cumplicidade no assunto, como se eu conhecesse a pessoa e despertasse nela essa familiaridade. Essas sensações são recorrentes, e me dão prazer de ser como sou.
Tem algum tempo que decidi vigorosamente não mais abrir espaço a pensamentos punitivos sobre como sou quando comunico, e desde então todos os músculos do meu corpo e principalmente o coração, têm se sentido descansados e prontos para uma construção verdadeiramente intelectual da minha identidade.
Essa construção não será possível sem dois movimentos: a desconstrução de conceitos falhos e o esvaziamento de valores arruinados.
Assim estou, sincero e gentil a mim, caprichoso na forma de falar sem perder a identidade, de visitar a intimidade alheia e deixar um pouco de mim, e principalmente de entrar mas também sair de todos os compromissos que as palavras bonitas fazem nascer quando cativo o interlocutor.
Já fui tantas vezes assim atingido que cheguei a posturar-me com grande respeito a toda e qualquer linguagem, pois sofro na pele o quanto podemos ser preteridos por falarmos assim ou assado.
É verdade que meu jeito é pedante muitas vezes, e também é verdade o quanto a sociedade moderna precisa de velocidade e compreensão, eu mesmo sinto falta dessas duas virtudes, e se eu não dou não é porque não quero dividir, mas sim porque não é minha natureza mais fácil.
Também não tenho como corrigir isso, depois de indivíduos formados fica muito difícil mudar, por outro lado nem quero, há muitas pessoas como eu, e com elas me comunico facilmente, e gosto do encontro que é quando isso acontece.
Há muitas contradições sobre ter um bom e desenvolvido vocabulário, eu mesmo já caí várias vezes na sensação de assustar aos outros e causar com isso uma distância, mas vou ser sincero em dizer que tenho uma impressão maior sobre a intimidade que causo, quando resulto cheio de palavras a uma só dita por um outro qualquer. Essa coisa de voltar mil palavras coerentes e alinhadas ao que foi dito causa uma cumplicidade no assunto, como se eu conhecesse a pessoa e despertasse nela essa familiaridade. Essas sensações são recorrentes, e me dão prazer de ser como sou.
Tem algum tempo que decidi vigorosamente não mais abrir espaço a pensamentos punitivos sobre como sou quando comunico, e desde então todos os músculos do meu corpo e principalmente o coração, têm se sentido descansados e prontos para uma construção verdadeiramente intelectual da minha identidade.
Essa construção não será possível sem dois movimentos: a desconstrução de conceitos falhos e o esvaziamento de valores arruinados.
Assim estou, sincero e gentil a mim, caprichoso na forma de falar sem perder a identidade, de visitar a intimidade alheia e deixar um pouco de mim, e principalmente de entrar mas também sair de todos os compromissos que as palavras bonitas fazem nascer quando cativo o interlocutor.
1 Comentários:
Quero abraçar-te sem palavras.
Um abraço de quem compartilha, no silêncio, todas as notas.
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