sexta-feira, julho 04, 2008

Diante de Tudo

Vive em grande força o direito à opinião.

Antes até existia como efeito natural, visto que não haviam órgãos reguladores e modelos de idéias.

Com o tempo o intelecto deixou de ser um espirro e passou a ser uma cantoria.

Hoje emitir uma opinião significa entrar numa burocracia de afirmação, onde só alguns poderão fazê-la sem se perder de alguma forma, essa mecânica tão essencial nos meios acadêmicos ganham praticantes até mesmo entre as crianças tele-educadas, e o mundo se preenche de indivíduos sem noção do que estão falando, que vivem a repetir frases com alguma armadura impressionante, e essas são as palavras arquitetadas para corroer uma verdade ou erigí-la, são artimanhas e artefatos para ganhar tempo, espaço e valor.

A coerência não importa, os princípios também variam, e os significados são perdidos no caleidoscópio dos momentos.




Agir por princípios tem me salvo dessa vergonha.

Comecei a perceber que a única maneira de ter um espírito higienizado é mantê-lo na prudência contínua de um comportamento padrão, que pelo menos tenha um procedimento inicial baseado num histórico de pensamentos.

Eu tenho muita vergonha da minha história onde não procedi assim.

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